Rússia: Meteoro mostra rochas espaciais ameaçam a Terra
Rússia: Meteoro mostra rochas espaciais ameaçam a Terra
Meteoro russo demonstra que cerca de 20 milhões de rochas espaciais ameaçam a Terra, os cientistas russos e norte americanos alertaram em relatório.
O meteoro que explodiu sobre a região dos Montes Urais na Rússia, com o centro do evento em Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013, nos demostrou que o perigo de rochas espaciais caindo sobre a Terra é muito maior do que se pensava, concluiu um grupo internacional de cientistas, após meses de estudo.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Meteoro russo demonstra que cerca de 20 milhões de rochas espaciais, meteoros e asteroides ameaçam a Terra, declaram cientistas russos e norte americanos
O meteoro em Chelyabinsk na região dos Montes Urais na Rússia tinha cerca de 20 metros de diâmetro, que riscou o céu e explodiu em pedaços pequenos em 15 de fevereiro de 2013, quebrando janelas, danificando edifícios e prejudicando e ferindo audição e visão de alguns residentes, poderia ter causado muito, mas muito mais danos se tivesse permanecido sem se explodir, conforme demonstram três estudos publicados nas revistas Nature e Science dos EUA na quarta-feira.
Depois de estudar a área em torno da explosão e uma riqueza de imagens em vídeos e outras provas ao longo dos últimos meses, o cientista da NASA Paul Chodas disse que a explosão do meteoro demonstrou que existem cerca de 20 milhões de rochas espaciais que passam zunindo em torno do sistema solar que poderiam causar sérios danos à Terra – e não as 3 milhões que se pensava anteriormente. Isso porque considerou-se que os meteoros teriam que ser de 30 metros e /ou maiores para causar enorme devastação, mas Chelyabinsk foi realmente uma pedra perto do que parecia ser na época, disseram os cientistas.
Centenas de vídeos gravados por câmeras em paineis de carros foram analisados, o que ajudou muito para verificar a trajetória exata, a velocidade e a energia liberada pela explosão do meteoro que estilhaçou janelas e derrubou portas em mais de 3.600 blocos de apartamentos, casas e prédios comerciais, derrubando as paredes e o teto de uma fábrica de zinco em Chelyabinsk (foto anterior), portas e portões foram arrancados e/ou destruídos, em alguns casos, colapsando telhados e derrubando ao chão muitos pedestres nas ruas.
Mais de 1.200 pessoas na região de Chelyabinsk foram hospitalizadas naquele dia por causa da explosão do meteoro na atmosfera, semelhante a uma explosão nuclear.
De acordo com os dados agora disponíveis, o meteoro de Chelyabinsk estava viajando a uma velocidade de 19 quilômetros por segundo (68.400 km por hora), era de tamanho com cerca de 20 metros de diâmetro e pesava em torno de 13 mil toneladas. A maior parte foi queimada pelo atrido da entrada na atmosfera, e à enorme emissão de energia no momento da explosão, com não mais do que 0,05 por cento (de 4-6 toneladas) dos detritos do objeto espacial atingindo a superfície do solo do planeta.
Vídeo com filmagem da queda e explosão do meteoro na Rússia:
Dois grupos de cientistas publicaram seus estudos na revista Nature, uma liderada por Jirí Borovicka, da Academia de Ciências da República Checa, o segundo liderado por Peter Brown, da Universidade de Western Ontário, do Canadá. Ambos calcularam que a explosão do meteoro sobre Chelyabinsk foi equivalente a cerca de 500 quilotons de TNT.
Também foi estabelecido que é altamente provável que o meteoro Chelyabinsk anteriormente era parte de uma grande rocha espacial, com cerca de dois quilômetros de diâmetro – um asteroide identificado como sendo o1999 NC43 (86039) que vai passar vários milhões de quilômetros de distância da Terra em março de 2014.
O grupo de Brown estimou o brilho máximo da explosão de 30 vezes mais brilhante que o sol, o que levou a muitos casos de queimaduras na pele, por vezes graves, e retinas sendo danificadas, com uma estimativa de 70 pessoas que perderam temporariamente a visão por causa da intensa e brilhante explosão.
Os cientistas concluíram também que os modelos existentes de explosões de meteoros na atmosfera do planeta, com base em dados de testes de ogivas nucleares, não fosse correta, levando os especialistas a aumentar o número estimado de rochas espaciais perigosas para a Terra voando ao redor do sol.
A NASA anteriormente considerava um meteorito perigoso se ele tivesse mais de 30 metros de diâmetro no momento do impacto com a Terra. Após a explosão do meteoro em Chelyabinsk, com cerca de 20 metros de diâmetro, que explodiu com uma força equivalente de 40 bombas atômicas de Hiroshima, tornou-se evidente que, em vez de cerca de 3 milhões de objetos potencialmente perigosos para nós da Terra no sistema solar, os cientistas devem manter o controle e subir esse número para 20 milhões de asteroides, um aumento considerável.
Nota do tradutor: No filme abaixo a seguir é claramente visível a aproximação de objetos voadores não identificados, se deslocando mais rápido do que o meteoro e provocando a sua explosão em pedaços:
E enquanto esses eventos deveriam ocorrer apenas uma vez a cada 150 anos, agora a cada 30 anos (n.t. Em breve descobriremos que sera muito mais curto esse período, talvez de dias, pois uma enorme massa de detritos esta se aproximando do interior do sistema solar e da Terra) parece mais provável que seja a freqüência de tais catástrofes.
A pesquisa foi baseada no trabalho de uma equipe internacional de 59 pesquisadores de nove países, liderados por Olga Popova da Academia Russa de Ciências. Eles coletaram dados de múltiplas fontes, incluindo dados de uma rede mundial de sonares subsônicas utilizados pelos inspetores do Tratado Nuclear-Test-Ban Abrangente e os satélites militares dos EUA de monitoramento de testes e de lançamentos de mísseis, conforme relatou a Gazeta.ru.
Os cientistas calcularam a energia cinética da explosão do meteoro com mais precisão de 590 mil toneladas, quase o dobro da potência de uma ogiva termonuclear W87 norte americana de 300 quilotons. O grupo de cientistas realizou uma pesquisa na zona de impacto da explosão do meteoro na região dos Montes Urais, na Rússia e modelou a onda de choque da explosão de meteoros, que coincidiu. Os cientistas visitaram 50 aldeias ao redor de Chelyabinsk dentro de algumas semanas após o evento, fazendo um mapeamento das conseqüências destrutivas da explosão do meteoro.
Eles descobriram que a zona de impacto se espalhava por uma área tão grande quanto 90 km, semelhante a uma borboleta, tornando-o semelhante ao da zona de impacto da explosão de outro meteorito famoso, o meteoro que atingiu Tunguska em 30 de junho de 1908 sobre a taiga siberiana. O meteorito de Tunguska (um pequeno cometa) teria até 150 metros de diâmetro e que sua explosão foi estimada em cerca de 10 quilômetros acima da superfície com potência estimada de até 30 megatons de TNT equivalente, ou 100 vezes mais poderoso do que o meteoro de Chelyabinsk. Por sorte a região é muito pouco povoada ainda hoje.
O grupo de Popova coletou respostas a mais de 1.700 perguntas feitas para testemunhas oculares do fenômeno de Chelyabinsk. As pessoas disseram que eles podiam ver vestígios do meteoro de lugares tão distantes quanto 700 km. Algumas das testemunhas oculares interrogadas pelos cientistas lhes disseram algo como: ” Huh, eu pensei que os americanos estavam nos atacando com bombas atômicas! “
Popova disse que o meteoro de Chelyabinsk era um condrito tipo LL “standard”, com uma quantidade relativamente pequena de ferro nele. Mas ainda magnético, e que pode ser facilmente detectado por um detector de minas e ferrugens, quando ele entra em contacto com a água, Popova disse.
Como regra os meteoros perdem cerca de 90 por cento da sua massa, enquanto eles viajam através da atmosfera da Terra, mas o que explodiu sobre Chelyabinsk praticamente desapareceu, declarou Popova. O maior pedaço de rocha espacial foi recuperado do Lago Chebarkul em outubro e pesa 570 kg, em comparação com o meteoro inteiro que originalmente era estimado ter cerca de 18.000 toneladas de peso.
” É por isso que nós ainda não sabemos a que forças destrutivas os corpos espaciais estão expostos quando entram na atmosfera da Terra“, disse Olga Popova Gazeta.ru.
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