O que aconteceu com o avião de passageiros da Malásia? Qual é a verdade sobre quem derrubou o avião? O Voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado para gerar uma crise com a Rússia e culpá-la.
O que aconteceu com o avião de passageiros da Malásia? Qual é a verdade sobre quem derrubou o avião? O Voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado para gerar uma crise com a Rússia e culpá-la.
A máquina de propaganda de Washington é de uma engrenagem tão poderosa que estamos em perigo de perder os fatos verdadeiros que temos. Um fato é que os separatistas não possuem o caro sistemaantiaéreo de mísseis Buk e/ou o pessoal treinado necessário para operá-lo, devido a sua complexidade operacional.
Tradução,edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Voo MH17: Boeing 777-200 ER da Malaysia Airlines foi derrubado para gerar crise e culpar a Rússia e Putin
Por Paul Craig Roberts
Outro fato é que os separatistas não teriam nenhum motivo para abater um avião civil assim como a Rússia. Qualquer um dos dois poderia dizer a diferença entre as aeronaves militares de ataque voando baixo e um avião civil de passageiros voando à 33.000 pés (10 mil metros) de altitude.
MAS os ucranianos têm sistemas de mísseis antiaéreos Buk, e uma bateria deste tipo de armamento estava operacional na região e foi implantada em um local do qual poderia ter disparado um míssil contra o avião derrubado.
Assim como os separatistas e o governo russo não tinham nenhum motivo para abater um avião civil com quase trezentos pessoas à bordo, nem o próprio governo ucraniano o teria, se poderia pensar, até mesmo os nacionalistas ucranianos extremistas enlouquecidos que formaram milícias para tomar a luta contra os separatistas que o exército ucraniano não está disposto a empreender, a menos que houvesse um plano para colocar a Rússia em uma situação contra a parede.
Um general russo familiarizado com o sistema de armas ofereceu a sua opinião de que a derrubada do avião da Malaysia Airlines foi (mais) um erro cometido pelos militares ucranianos, pois eles são inexperientes no uso dessa arma. O general disse que, embora a Ucrânia tivesse alguns desses sistemas antiaéreos, os ucranianos não tiveram nenhum treinamento no seu uso durante os 23 anos desde que a Ucrânia foi separada da USRR. O general pensa que poderia ser um acidente devido a incompetência do pessoal do exército ucraniano.
Esta explicação faz um certo sentido e muito mais sentido do que a propaganda de Washington. O problema com a explicação do general russo é que ele não explica por que o sistema de míssil antiaéreo Buk foi implantado próximo ou em um território separatista em conflito com Kiev. Os separatistas não possuem nenhuma aeronave para ser abatida. Parece estranho para a Ucrânia ter um sistema de mísseis caro em uma área em que não é necessário o seu uso militar e onde a posição poderia ser invadida e o caro equipamento ser capturado pelos separatistas locais.
Como Washington, Kiev, e a mídia presstitute (n.t. termo criado por Paul C. Roberts para se referir a imprensa PROSTITUÍDA e dominada pela elite que controla os EUA e a Europa) estão comprometidos com a propaganda de que foi Putin e a Rússia quem fez isso, nós não poderemos obter qualquer informação confiável a partir da mídia dos EUA (e europeia). Vamos ter de descobrir, cavar a verdade por nós mesmos.
Uma maneira de começar é perguntar: Por que o sistema de mísseis estava onde estava? Por que arriscar um sistema de mísseis caro por implantá-lo em um ambiente de conflito em que ele é inútil? Incompetência é uma resposta, e outra é que o sistema de mísseis seria usado para um fim específico pretendido.
Qual o uso pretendido? As notícias e provas circunstanciais fornecem duas respostas. Uma delas é que os extremistas ultra-nacionalistas que lutam contra os rebeldes pró Rússia pretendiam derrubar o avião presidencial de Putin e confundiram o avião de passageiros da Malásia com o avião do presidente russo.
A agência de notícias Interfax citando fontes anônimas, aparentemente controladores do tráfego aéreo, informou que o avião da Malásia e o avião de Putin estavam voando quase numa rota idêntica, com poucos minutos de distância um do outro. A Interfax cita sua fonte:
“Eu posso dizer que o avião de Putin e o Boeing 777-200 ER da Malásia cruzaram no mesmo ponto e na mesma altitude. Era perto de Varsóvia, em 330-m echelon no auge de altitude de 10.100 metros. O jato presidencial estava lá às 16:21 horas, horário de Moscou e a aeronave da Malásia às 15:44 horas, no horário de Moscou. Os contornos das aeronaves são semelhantes, as dimensões lineares são também muito semelhantes, bem como para as cores e sua distribuição, e a uma distância bastante remota são quase idênticas”.
Eu não vi negação oficial do governo da Rússia a essa versão, mas segundo informações da imprensa, o governo russo, em resposta ao relatório de notícias Interfax disse que o avião presidencial de Putin já não voava a rota sobre a Ucrânia desde o início das hostilidades.
Antes de dar a negação da noticia pela Rússia pelo valor de face (como real), precisamos estar cientes de que a implicação de que a Ucrânia tivesse tentado assassinar o presidente da Rússia provocaria o início de uma guerra, que a Rússia quer evitar. Implicaria também na cumplicidade de Washington, uma vez que é altamente improvável que o fantoche de Washington no governo da Ucrânia em Kiev arriscaria um ato tão perigoso e tresloucado, sem o apoio dos (loucos) de Washington.
O governo russo, com inteligencia e racionalidade, obviamente negará relatos de uma tentativa de assassinato do presidente russo por Washington e seu fantoche instalado em Kiev. Caso contrário, a Rússia teria que fazer algo sobre isso, e isso significaria guerra total na região.
A segunda explicação é que os extremistas que operam fora do aparato militar oficial ucraniano, arquitetou um plano para derrubar um avião civil de passageiros, a fim de lançar a culpa sobre a Rússia. Se tal conspiração ocorreu, provavelmente originou-se com a participação da CIA ou mais algum braço operativo (terrorista) de Washington e foi concebido para forçar os países da União Européia a deixar de resistir a adotar as sanções de Washington contra a Rússia e para romper relações econômicas valiosos da Europa com a Rússia.
Washington está frustrado de que as sanções são unilaterais, mas sem o apoio de seus fantoches da OTAN ou de quaisquer outros países do mundo, exceto, possivelmente, o cachorrinho de estimação britânico do governo da Inglaterra. Há indícios consideráveis de apoio a esta segunda explicação. Há o vídeo do youtube que pretende ser uma conversa entre um general russo e separatistas que estão discutindo que equivocadamente derrubaram um avião civil. Segundo relatos, a perícia do código no vídeo revelam que ele foi feito no dia anterior ao que o avião foi atingido (é falso).
Outro problema com o vídeo é que, enquanto podemos dizer que os separatistas concebivelmente poderiam ter confundido um avião de passageiros voando a 33.000 pés de altitude com um avião de ataque militar, os militares russos não poderiam te-lo confundido. A única conclusão é que, envolvendo os militares russos, o vídeo fica duplamente desacreditado.
A prova circunstancial mais fácil para pessoas não-técnicas entender esta situação de manipulação da opinião pública global contra a Rússia é a sinalização em noticiários organizados para colocar a culpa na Rússia antes do conhecimento de quaisquer fatos sobre a queda da aeronave.
Em meu artigo anterior http://www.paulcraigroberts.org eu relatei sobre a reportagem da BBC que eu ouvi que ela foi obviamente pré-preparada para colocar toda a culpa sobre a Rússia. O programa terminou com um correspondente da BBC, “quase sem fôlego”, relatando que ele acabava de ver um vídeo do youtube e que o vídeo é a prova de que a Rússia havia derrubado o avião. Não há mais qualquer dúvida, disse ele. “De alguma forma”, a informação aparece em um vídeo no youtube antes de atingir o governo ucraniano ou Washington.
A evidência de que o governo russo de Putin fez isso é um vídeo feito “antes do ataque ao avião”. Toda a reportagem da BBC foi orquestrada e foi ao ar ao longo do programa National Public Radio com o único propósito de estabelecer, antes de qualquer evidência de prova, de que a Rússia era o responsável pela queda da aeronave da Malaysia Airlines. Na verdade toda a mídia ocidental falou como uma só voz:
“A Rússia provocou isso“.
E a mídia presstitutes ainda estão falando do mesmo modo (ad nauseam).Possivelmente, este parecer uniforme reflete apenas o treinamento pavloviano da mídia ocidental para se alinhar automaticamente com a vontade vinda de (e o roteiro determinado por) Washington. Nenhuma fonte de mídia quer ser alvo de críticas por ser antiamericano ou encontrar-se isolado pela maioria de seus pares, que ganha o dia, e leva marcas pretas por estar errado. Como eu sou um ex-jornalista editor, e colaborador de publicações de notícias mais importantes da América, eu sei como isso funciona.
Por outro lado, se descontarmos o condicionamento pavloviano, a única conclusão é que todo o ciclo de notícias referentes à derrubada do avião da Malásia foi, esta sendo e será orquestrado e manipulado, a fim de colocar a culpa em Putin e na Rússia.
Romesh Ratnesar, vice-editor da Bloomberg Businessweek, fornece evidências convincentes para a orquestração em sua própria opinião e observações feitas em Julho cujo título é: “A derrubada do avião (Shootdown) da Malaysia Airlines é desastrosa para Putin“. Ratnesar não que significar com essa declaração que Putin está sendo enquadrado. Ele quer dizer que, antes de Putin ter o avião derrubado:
“Para a grande maioria dos norte-americanos, a ingerência da Rússia na Ucrânia, em grande parte parecia de importância periférica aos interesses dos EUA. Esse cálculo mudou com a derrubada do avião da Malaysia. . . . Pode levar meses, até anos, mas a imprudência (culpa) de Putin vai ser obrigada a alcançá-lo. Quando isso acontecer, a derrubada do voo MH 17 pode ser visto como o início da sua ruína”.
Como um ex-editor do Wall Street Journal, qualquer um que me entregasse uma reportagem tipo “pedaço de merda” como Ratnesar publicou teria sido demitido. Olhe para as insinuações quando não há nenhuma evidência para apoiá-las. Olhe para a mentira de que o golpe publicitário de Washington é “a ingerência da Rússia na Ucrânia”.
O que estamos testemunhando é a total corrupção do jornalismo ocidental, obedecendo a agenda (da elite) imperial de Washington. Os jornalistas têm de concordar com as mentiras ou serão atropelados, preferem se transformar em presstitutes.
Procure ao redor pelos jornalistas ainda honestos. Quem são eles? Glenn Greenwald (n.t. que publica as revelações de Edward Snowden sobre a vigilância da NSA a nível global), que está sob ataque constante por seus colegas jornalistas, os quais são prostitutas. Quem mais existe que voce possa apontar? Julian Assange (Wikileaks), trancado na Embaixada do Equador em Londres, seguindo ordens de Washington.
O governo fantoche britânico não vai permitir o livre trânsito de Assange para assumir seu asilo e ir morar no Equador. O último país em que se fez o mesmo foi a extinta União Soviética, que exigiu que o seu marionete húngaro mantivesse o Cardeal Mindszenty enterrado na Embaixada dos EUA em Budapeste por 15 anos de 1956 até 1971.
Mindszenty então tinha recebido asilo político por parte dos Estados Unidos, mas a Hungria, em obediência ao regime comunista soviético da URSS, não honrou com o seu asilo, assim como o hoje fantoche britânico de Washington, sob as ordens da Casa Branca (n.t. melhor seria dizer negra até suas bases), não vai honrar o asilo concedido a Assange.
Se formos honestos e tivermos força e coragem para enfrentar a realidade, vamos perceber que a União Soviética não entrou em colapso. O regime comunista soviético simplesmente mudou-se, junto com os espíritos de Stalin, Mao e Pol Pot, para Washington e Londres.
A falha na diplomacia da Rússia é que a diplomacia de Putin assenta na boa vontade e que a verdade prevaleça. No entanto, o Ocidente não tem boa vontade, e Washington não está interessado na verdade que prevaleça, mas que a vontade de Washington prevaleça. O que Putin enfrenta não são “parceiros”, razoáveis, mas um ministério de propaganda destinado contra ele e a Rússia.
Eu entendo a estratégia de Putin, o que contrasta com a razoabilidade russa com as ameaças de Washington, mas é uma aposta arriscada. A Europa tem sido uma parte de Washington, nas últimas décadas pós guerra e não há europeus no poder que tenham visão (e vontade) necessária para separar a Europa da “vontade” de Washington.
Além disso, os líderes europeus estão recebendo grandes somas de dinheiro para servir aos interesses de Washington. Em um ano fora do governo britânico e Tony Blair já havia recebido cerca de US$ 50 milhões de dólares.
Após os desastres que os europeus têm experimentado, é improvável que os “líderes europeus” pensem em outra coisa senão numa existência confortável para si mesmos. Essa existência segura e bem confortável é melhor obtida por servir à vontade e determinações de Washington. Como o sucesso da extorsão da Grécia pelos grandes bancos internacionais comprova, os europeus são impotentes.
Aqui está a declaração oficial da Ministro de Defesa russo: http://www.globalresearch.ca
O assalto da propaganda de Washington contra a Rússia é uma tragédia dupla, porque desvia a atenção da mais recente atrocidade de Israel contra os palestinos presos no gueto de Gaza. Israel afirma que seu ataque aéreo e a invasão de Gaza é apenas a tentativa do país para encontrar e fechar os supostos túneis através dos quais os terroristas palestinos entram em Israel para lhe infligir uma carnificina.Claro que não há túneis e não existe massacre terrorista em Israel.
Alguém poderia perguntar por que pelo menos um jornalista em algum lugar na mídia norte-americana fosse questionar por que os bombardeios de Israel a hospitais e habitação civil fecharia túneis subterrâneos em Israel. Mas isso é pedir demais das prostitutas que compõem a mídia dos EUA.
Espere até menos do Congresso dos EUA. Tanto a Câmara assim como o Senado aprovaram resoluções de apoio a matança de palestinos de Israel. Dois republicanos – o desprezível Lindsey Graham e o decepcionante Rand Paul e dois democratas – Bob Menendez e Ben Cardin -patrocinaram a resolução do Senado apoiando o assassinato premeditado de Israel de mulheres e crianças palestinas. A resolução “excepcional e indispensável” foi aprovada pelo Senado do povo norte americano por unanimidade.
Como recompensa por sua política de genocídio, o regime de Obama efetuou imediatamente a transferência de US$ 429,000,000,00 de dinheiro dos contribuintes norte-americanos para Israel, para esse pais custear seu exército no abate.
Contrastante com o apoio do governo dos EUA pelos crimes de guerra de Israel com o ataque de propaganda contra a Rússia, tudo é com base em mentiras. Estamos vivendo tudo de novo, “armas de destruição em massa de Saddam Hussein”, “uso de armas químicas de Assad”, “armas nucleares dos iranianos” …
Washington vem MENTINDO por tanto tempo que ele não pode fazer mais nada de diferente.
Dr. Paul Craig Roberts foi secretário-assistente do Tesouro, criador da política econômica conhecida como “Reaganomics”, para a Política Econômica do governo de Ronald Reagan, editor associado do Wall Street Journal. Ele era colunista do Business Week, Scripps Howard News Service e do Creators Syndicate. Ele teve muitas nomeações universitárias. Suas colunas de internet têm atraído o público mundial. Os Livros mais recentes de Paul C. Roberts são The Failure of Laissez Faire Capitalism, Economic Dissolution of the West e How America Was Lost
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{P.S. do tradutor: Não mencionado pelo autor do texto, e nem por outros articulistas internacionais, é a coincidência ENORME de uma mesma companhia aérea, a Malaysia Airlines, sofrer dois grandes “acidentes” (atentados), com enorme perdas de vidas (total de 537) – o voo MH370 (239 vítimas) e MH17 (298 vítimas) – num intervalo de apenas quatro meses. Qual a conexão? A resposta é muito mais fácil do que parece, para quem realmente esta de “olhos e ouvidos abertos”, se trata de uma empresa aérea de um país de maioria da população MUÇULMANA, e o objetivo também é criar revolta no mundo islâmico contra o ocidente, se possível, criando um conflito religioso global. Os fatos estão sendo provocados e se precipitam, observemos qual será o próximo “acidente”, ops, movimento…}
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